Infraestrutura na CBIC: leilões de obras públicas e “Se essa rua fosse minha” são destaques neste ano

em Agência CBIC, 10/dezembro

Avanços em concessões e PPPs, o fortalecimento de leilões de obras públicas e o lançamento do programa Se Essa Rua Fosse Minha marcaram a atuação da Comissão de Infraestrutura (COINFRA) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) em 2025.

Em julho deste ano, a CBIC firmou com o Ministério das Cidades, o Acordo de Cooperação Técnica do Se Essa Rua Fosse Minha, iniciativa da COINFRA que apoia municípios na requalificação de áreas urbanas degradadas por meio de intervenções integradas de infraestrutura e parcerias público-privadas. O acordo é válido até julho de 2026 e estabelece um esforço conjunto para a estruturação do programa em escala nacional.

Ao avaliar o balanço do ano, o vice-presidente de Inovação da CBIC, Carlos Eduardo Jorge, aponta que houve “considerável avanço nos projetos e leilões de concessões e PPPs de serviços públicos, principalmente nos setores de rodovias e saneamento”. Em contraposição face às limitações fiscais, a área de Obras Públicas ainda continuou com baixos investimentos, principalmente na esfera federal”. Ele destaca que a aprovação da Lei de Licenciamento Ambiental, após a derrubada dos vetos, também representou importante avanço regulatório para o setor.

Entre os desafios de 2025, que devem permanecer em 2026, Carlos Eduardo Jorge ressalta a escassez de mão de obra qualificada em todas as áreas. “Outro grande desafio ainda foi a articulação para a derrubada de vetos à nova Lei de Licitações, de forma a garantir a não utilização do Pregão ou Modo Aberto, nas licitações públicas”, aponta o vice-presidente.

No campo das concessões, reforça que a COINFRA tem defendido a priorização de projetos de porte médio, por entender que esse perfil amplia a competitividade e atrai mais empresas.

Ao comentar o papel da CBIC ao longo do ano, o vice-presidente avalia que a entidade reafirmou sua relevância ao defender a independência técnica, política e econômica das agências reguladoras; ao sustentar a importância do critério de melhor preço em vez do menor preço nas licitações; ao atuar pela ampliação dos investimentos públicos nas três esferas; e ao manter diálogo constante com os principais agentes de financiamento. Ele destaca ainda a forte representação dos interesses do setor na tramitação da Reforma Tributária. “Esse conjunto de ações da CBIC, dentre outras, reafirma o papel e o valor da entidade para as empresas e para a sociedade em geral”, conclui.


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