Imóveis como investimento em 2026: crédito em transformação amplia oportunidades e exige contratos mais seguros

em Portal Terra da Luz, 28/dezembro

Especialistas apontam que mudanças no crédito imobiliário fortalecem o mercado, mas alertam para riscos jurídicos em contratos mal elaborados.

O investimento em imóveis segue como uma das alternativas mais procuradas pelos brasileiros e, para 2026, o cenário indica um mercado mais estruturado, especialmente no que diz respeito ao crédito imobiliário. Além da tradicional percepção de segurança patrimonial, fatores econômicos e institucionais apontam para um ambiente mais favorável para quem deseja investir com planejamento e visão de longo prazo.

Segundo o advogado e professor Paulo Piccelli, o imóvel continua sendo um ativo atrativo, mas exige atenção redobrada no aspecto jurídico. “Investir em imóveis ainda vale a pena em 2026, porém não se trata apenas de comprar bem. O verdadeiro diferencial está na estrutura jurídica do negócio, especialmente na elaboração do contrato”, afirma.

Crédito imobiliário deve ganhar novo fôlego em 2026

O cenário de crédito tende a se fortalecer com medidas estruturais anunciadas pelo Governo Federal e pelo Banco Central. As instituições vêm promovendo ajustes no modelo de financiamento habitacional e no uso de recursos da poupança, com o objetivo de ampliar a oferta de crédito imobiliário.

A expectativa é que essas mudanças liberem mais recursos e incentivem a expansão do crédito ao longo de 2026, conforme análises e comunicados oficiais do próprio Banco Central. Esse movimento pode estimular tanto novos investidores quanto a retomada de projetos imobiliários em diferentes regiões do país.

Mais crédito, mais negócios — e mais riscos

Para Piccelli, o aumento da oferta de crédito traz oportunidades, mas também amplia a necessidade de cautela. “Com mais crédito disponível, cresce o número de negociações. E quanto maior o volume de negócios, maior o risco quando não há um contrato claro, equilibrado e adequado à realidade das partes”, alerta.

O especialista destaca que contratos genéricos, muitas vezes obtidos na internet, são uma armadilha comum entre investidores iniciantes. “Um contrato mal elaborado pode comprometer todo o investimento. Cláusulas confusas, ausência de prazos bem definidos e falta de previsão de riscos são erros que frequentemente resultam em prejuízos e disputas judiciais”, explica.

Contrato passa a ser o centro do investimento imobiliário

Na avaliação do professor, a elaboração contratual deixou de ser um detalhe técnico e passou a ocupar papel central no investimento imobiliário. “Em um cenário de crédito em expansão, o contrato é o instrumento que garante previsibilidade, segurança e tranquilidade ao investidor”, pontua.

Piccelli reforça ainda a atuação preventiva do advogado imobiliário. “O papel do advogado é antecipar problemas e proteger o patrimônio do cliente. Um bom contrato transforma o imóvel em um investimento sólido, e não em uma dor de cabeça futura”, conclui.


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