Da pedra fundamental a 12,5 mil novos imóveis em 4 anos: um feito premiado pelo Master Imobiliário

em Terra / Dinheiros, 1º/outubro

Porto Maravilha atrai condomínios, que trazem comércio e serviços, revitalizando uma antiga área degradada do Rio.

A Cury Construtora ganhou dois prêmios no Master Imobiliário 2025. Um pelo residencial Rio Wonder, lançado em 2021, com os seus três prédios já entregues neste ano. Outro pela campanha de marketing para o Heitor dos Prazeres, com 1.782 apartamentos. Ambos são localizados no Porto Maravilha, uma área da zona portuária do Rio de Janeiro beneficiada por um projeto municipal de revitalização.

O Rio Wonder é "a pedra fundamental do Porto Maravilha", segundo a Cury, que lançou o condomínio Heitor Prazeres em 2024. São dois momentos que mostram a crescente atuação da construtora no mercado carioca.

Leonardo Mesquita, vice-presidente de Negócios da Cury, comemora ter os dois projetos contemplados. "Porque marca muito bem o início e o estágio atual do que vem acontecendo no Porto Maravilha", afirma ele, explicando que esse período de tempo representa a maturidade do trabalho da Cury e também o seu conhecimento sobre essa região histórica.

Com três condomínios - Praia Formosa, Mauá e Cais do Valongo -, o Rio Wonder foi o primeiro empreendimento com 1.224 unidades compactas (estúdio, 1 e 2 dormitórios). "Era o start da ocupação do porto, mas ninguém sabia, nem imaginava o que seria hoje", lembra Mesquita.

Ali, na zona portuária da cidade maravilhosa, os números da Cury impressionam. Desde 2021, a construtora acumula 18 empreendimentos residenciais lançados, com o total de 12.593 apartamentos na planta, em obras ou já entregues.

A comissão de jurados do Master Imobiliário reconhece o Rio Wonder como "projeto pioneiro de revitalização da área portuária, um novo horizonte imobiliário do Rio, consolidado como marco de uma nova era no centro da cidade".

A sequência de lançamentos chegou ao condomínio Heitor dos Prazeres, que levou o nome do artista escolhido pela Cury para celebrar a "Pequena África", epicentro da cultura afro-brasileira após a chegada de milhões de africanos escravizados pelo Cais do Valongo.

"Foi ele quem cunhou a expressão pequena África", conta o executivo, referindo-se ao artista autodidata, pintor e músico, que desenhava e costurava as próprias roupas."

A Cury foi entendendo a potência dessa região e trazendo isso para dentro dos projetos, atesta Mesquita, enfatizando que a história de Heitor dos Prazeres estará presente nas empenas grafitadas das duas torres - Pierrot e Colombina - e nas áreas comuns com nome e trechos de suas música.

Para o corpo de jurados do Master, a campanha de lançamento, que apostou em resgate histórico e senso de pertencimento, falando do legado de Heitor dos Prazeres, aliou propósito cultural e ótimo resultado comercial. "Com VGV de R$ 726 milhões, as 1.782 unidades vendidas em tempo recorde demonstram que o marketing pode ser agente de valorização cultural", diz júri. "Provando que o respeito à história e à identidade de um lugar é estratégia para construir valor e conquistar o mercado."

Neste ano, prestando novas homenagens, a Cury fez mais três lançamentos: Tia Ciata (foi em sua casa que foi composto o 1.º samba), Cartola (um dos maiores sambistas da história) e Pixinguinha (que dispensa apresentações).

Com VGV estimado em R$ 1 bilhão, o residencial Pixinguinha terá 2.522 unidades, o dobro do Rio Wonder. Estúdios, 1, 2 e 3 dormitórios, com áreas de 32 m² até 70 m², têm preços de lançamento entre R$ 250 mil e R$ 665 mil.

Por conta das legislações tanto do Rio como de São Paulo, a Cury pode explorar melhor os terrenos e produzir condomínios maiores, argumenta Mesquita, ao dimensionar o crescimento dos novos projetos.

A valorização do metro quadrado na área do Porto Maravilha alcança a faixa de 65%. "Começou por volta de R$ 6 mil e, hoje, está em R$ 10 mil", calcula Mesquita. "Nas unidades prontas, tem uma variação até maior, porque elas têm apresentado uma notável capacidade de locação."

Além do sucesso de vendas e da multiplicação do VGV da Cury ano após ano no Porto Maravilha, o júri do Master destacou a "troca do ambiente degradado no porto por novos condomínios, com aumento da oferta de comércio e serviços na região, que contribuíram para a qualificação e a transformação urbana".


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