A taxa de inadimplência de aluguel no Rio de Janeiro caiu em novembro, de 5,23% para 4,74%, segundo o Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica. A variação foi de 0,49 ponto percentual na comparação com outubro. Mesmo com a queda, o estado continua acima da média nacional, que ficou em 3,69% no período.
No recorte anual, o sinal é outro. Em novembro de 2024, a inadimplência no Rio era de 3,50%. Agora, o índice aparece 1,24 ponto percentual acima do registrado no mesmo mês do ano passado.
Para Manoel Gonçalves, diretor de Negócios para Imobiliárias do Grupo Superlógica, a redução no mês é um dado positivo, mas ainda não resolve o quadro. “A queda na inadimplência de aluguel no Rio de Janeiro é um sinal positivo, indicando que algumas famílias estão conseguindo retomar o controle financeiro. Entretanto, a taxa ainda permanece acima da média nacional, o que mostra que os desafios orçamentários continuam presentes”. Ele acrescenta: “É fundamental acompanhar as projeções de inflação e juros, pois qualquer aumento pode pressionar ainda mais o orçamento das famílias e dificultar o pagamento do aluguel nos próximos meses”.
No ranking por regiões do país, o Nordeste segue no topo da inadimplência, mas com recuo forte em novembro: 5,23%, após marcar 6,84% em outubro. O Norte teve leve alta e ficou com 4,45%, enquanto o Centro-Oeste aparece com 3,38% após pequena queda. O Sudeste manteve 3,40%, abaixo da média nacional, e o Sul continua com a menor taxa do país: 2,96%.
No recorte do Sudeste, o índice de inadimplência em apartamentos praticamente não se mexeu, passando de 2,39% para 2,40% em novembro, levemente acima da média nacional para o tipo de imóvel. Já nas casas, a taxa subiu de 3,60% para 3,83%, ainda abaixo da média nacional (3,93%). Entre os imóveis comerciais, houve queda: de 5,07% para 4,78% na região, abaixo da média do país para o segmento, que foi de 5,22%.
No cenário nacional, o levantamento aponta que a inadimplência segue mais alta nas faixas extremas de aluguel. Nos imóveis residenciais com aluguel acima de R$ 13 mil, o índice caiu para 6,37% em novembro. Já na faixa de até R$ 1 mil, houve aumento, chegando a 6,26%. As menores taxas apareceram nas faixas intermediárias, com 1,95% para aluguéis de R$ 2 mil a R$ 3 mil e 1,97% para R$ 3 mil a R$ 5 mil.
Nos imóveis comerciais, a maior inadimplência continua na faixa de aluguel até R$ 1 mil, com 9,57% em novembro. A segunda maior foi na faixa acima de R$ 13 mil, com 5,91%, enquanto a menor apareceu entre R$ 5 mil e R$ 8 mil, com 4,25%.
Para Manoel Gonçalves, esse padrão se repete e ajuda a explicar o comportamento do mercado. “O índice mostra que a inadimplência segue maior nas faixas extremas de aluguel, movimento que se repetiu ao longo de todo o ano (…) refletindo os diferentes desafios financeiros”.